21/08/2014

Opinião: Cinder - Marissa Meyer

Olá!
Hoje trago-vos mais uma opinião!
Desta vez, é uma opinião que ando a adiar há imenso tempo, sendo que li este livro no início de Julho.
É uma nova série, com o título Crónicas Lunares! A série tem 4 livros, e só dois deles saíram cá em Portugal, mas o terceiro chegará cá em Novembro! :D
O primeiro da série é Cinder, e é desse que vou falar hoje!
Vamos lá!

Título: Cinder
Autor: Marissa Meyer
Editora: Planeta
Páginas: 318
Crónicas Lunares 1

Sinopse: Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual.
Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.
Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar.

Série:
Livro 1 - Cinder
Livro 2 - Scarlet
Livro 3 - Cress
Livro 4 -  Winter 

------Sem spoilers!-----
Cinder é um reconto de Cinderela, como podem perceber pelo nome. Mas se alguém não gosta da história da Cinderela, por alguma razão, pode ler Cinder na mesma porque, é verdade que as duas histórias tem as suas parecenças mas ainda assim, não são iguais! Por isso, podem ler o livro descansados.
É uma distopia futurista, já se passaram quatro guerras mundiais e o mundo é todo muito avançado, com tecnologia e a ciência a níveis muito superiores aos de hoje.
Nesta altura, existem cyborgs. Que são pessoas que sofreram acidentes, que perderam algum membro e que acabam por ficar com membros metalizados, que estão ligados ao seu cérebro e que lhes permite mexer completamente esse membro. E a Cinder é uma cyborg.
Ela sofreu um acidente quando era pequena e por isso, tem uma mão e uma perna metalizadas.
Mas ser cyborg não é uma coisa que ela se possa orgulhar, porque os cyborgs são meio que deixados de lado e inferiorizados, só por serem cyborgs, e por isso mesmo, a Cinder esconde que é cyborg das outras pessoas.
Ela tem só dezasseis anos, mas já é considerada a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim, e é por essa razão, que um dia o príncipe Kai vai ter com ela.

Adorei o livro! Foi um dos meus favoritos de 2014 e sinceramente, acho que todos deviam de o ler!
Muito rápido de se ler, e de se envolver na história! Uma ótima estreia para uma promissora série, que estou ansiosa para ler!! :D

------Com spoilers!-----
Logo no inicio do livro, é muito fácil de se perceber que a vida da Cinder não é fácil. Ela é praticamente escravizada pela madrasta e não tem dinheiro próprio para comprar alguma coisa para si, não tem amigos (para além do seu android Iko e da sua irmã mais nova) e claramente, não é feliz.
E durante o desenrolar da história, a sua vida vai-se tornando cada vez mais complicada, por diversas razões, mas na minha opinião, a pessoa que ia melhorando o livro e tornava-o mais leve para se ler, era o príncipe Kai! E por isso mesmo, eu ansiava pela próxima parte em que ele aparecesse!
Tão divertido, simpático e destemido! Simplesmente adoro-o! E adorei a forma como a relação deles foi-se construindo, mesmo que o final me tenha destruído um pouco o coração, estou com grandes esperanças que o Kai tente encontrar a Cinder, em "Scarlet".

O assunto da peste foi-se tornando cada vez mais grave ao desenvolver da história, chegando até a causar a morte da irmã da Cinder, Peony. O que foi muito duro, pelo menos para mim. Não é que ela fosse uma personagem querida para mim, claro que não até porque ela morre muito cedo no livro, mas ler a dor que a Cinder sentiu ao ver que a sua irmã mais nova estava contaminada, muito provavelmente por causa dela (como ela pensava na altura), foi duro.
Mas depois descobrimos que a Cinder não está contaminada, o que foi uma alegria tanto para ela como para mim. Mas isso não importa para a sua madrasta.

A partir do momento em que a Peony é contaminada, a madrasta de Cinder decide que o "melhor" é que a Cinder se torne uma cobaia para o programa que existe para descobrir o antídoto da peste. 

E eu não gostei da madrasta, mesmo que tivesse um pouco de pena dela. Era óbvio que ela era má e cruel, mas ainda assim eu consigo entender o porquê de ela odiar a Cinder, no entanto achei que ela tinha sido muito cruel quando culpou a Cinder pela sua filha Peony contrair a peste, quando a obrigou a tornar-se uma cobaia e, a pior de todas, quando a obrigou a andar sem um pé porque a Cinder o tinha comprado com o dinheiro "dela" (ou seja, com o dinheiro que a Cinder trabalhou para ter mas que ia diretamente para a conta da sua madrasta).

Mas durante o internamento da Cinder consegue-se mesmo ver o desespero dela, o quando ela quer sair dali e o quando ela quer viver. E é então que descobrimos que a Cinder é imune. O que foi uma grande surpresa e alivio para mim!
No entanto, é no internamento da Cinder para os testes do antídoto, que nos é apresentado uma nova personagem: o doutor Erland.

No inicio, não gostava muito dele. Sinceramente, havia algo que me fazia desconfiar nele e na sua maneira de ser (e como razão), até porque ele era muito estranho e parecia estar doente, o que acabou por ser explicado no final do livro.
O doutor Erland e a Cinder decidem então usá-la para criar o antídoto sendo que ela era imune. E nesse momento, a Cinder começa a ganhar grandes esperanças para a sua irmã porque acha que ainda a pode salvar. O que achei que era bom, mas depois quando a Peony morre, fica-se com aquela sensação de vazio... 
Foi muito difícil, para mim, essa parte, parcialmente porque notava-se o quanto a Cinder amava a Peony e o quanto ela se tinha esforçado para conseguir o antídoto.

O imperador, pai do Kai, também acaba por ser vítima da peste e por essa razão, o príncipe Kai torna-se o imperador Kai e, ao mesmo tempo, a sua vida fica em risco por causa da rainha Levana, a rainha dos Lunares (pessoas que moram em Luna).

Os Lunares são uma raça muito odiada pelos Terrestres, sendo que os primeiros são uma raça violenta, gananciosa e com poderes para "entrar" na mente dos outros e fazê-los acreditar em algo que não é verdade.
E quando se sabe que a rainha Levana planeia casar com o imperador Kai, algo que já tenta fazer há anos mas sem sucesso, os Terrestres ficam revoltados e Kai só quer arranjar uma maneira de fazê-la desistir da ideia, sem causar uma guerra entre a Luna e a Terra. 

Mas a Cinder vai-se envolvendo na história e acaba por, também ela, ficar na linha de fogo entre a rainha Levana, sendo que a Cinder não é simplesmente cyborg mas também, lunar. 
E neste momento da história, a minha cabeça já estava a mil! "Como assim, ela é uma lunar?! Como é que o Kai vai ficar com ela agora? Ela deve ser a desaparecida e supostamente morta, princesa Selene."
E não é que tinha razão? xD Assim que a rainha Levana vê a Cinder, ela sabe que a mesma é a princesa Selena. A mesma princesa que devia de estar no trono, e que é uma clara ameaça para Levana.

Mas foi durante o baile que tudo, mas mesmo tudo, explodiu! Incluindo o meu coração!
O Kai descobre que a Cinder não é simplesmente cyborg, o que eu acho que ele nem se importaria muito, mas também uma lunar. A Cinder beija-o mas não causa o que era esperado causar. A Levana humilha-a à frente de toda a gente e obriga o imperador Kai a decidir se prefere manter Cinder na Terra e assim, entrar numa guerra entre a Terra e Luna ou então, se aceita entregar Cinder à sua rainha, para que a mesma possa ser mandada de volta para Luna e seja executada.
Ele decide entregá-la a Levana, o que eu achei razoável sendo que nem eu queria entrar em guerra com os Lunares, mas a cara dele! Meu Deus, a cara de desapontamento que ele tinha quando olhava para a pobre da Cinder, como se ele não a conhecesse foi demasiado para mim.

Mas ainda assim, tenho grandes esperanças para que eles fiquem juntos!

E o capítulo final foi... como dizer? Inesperado?
A Cinder encontrava-se ainda na Terra mas estava presa, até que a rainha Levana voltasse e a levasse para Luna, e o doutor Erland vem visitá-la! 
E quando este lhe confessa que também é um lunar, que fugiu de Luna porque a rainha Levana tinha morto a sua filha simplesmente porque ela era uma concha (lunar que não têm poderes) e que tem um plano para a Cinder fugir e encontrá-lo depois em África. 
E ela chega mesmo a fugir! O que eu não esperava! E depois acaba... assim, do nada.
Quer dizer, eu preciso de saber o que é que o príncipe Kai achou da fuga dela! Será que ele vai pensar que ela é culpada ou que está a tentar salvar-se porque o que lhe estão a fazer é uma injustiça, que há mais na história do que a Levana disse? Será que ele a vai procurar, porque a ama e não porque ela fugiu do seu palácio?!
Pois, muitas perguntas...

Adorei o livro, sinceramente foi um dos meus favoritos deste ano e estou ansiosa para ler "Scarlet" e "Cress", quando sair em Novembro!

Alguém já leu "Cinder"? E "Scarlet"? Se sim, digam-me o que acharam mas nada de spoilers! xD
Beijos, Ana

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