22/02/2014
Texto: Se nós fossemos um filme...
Vê-lo sair é sentir um vazio, sentir medo que não volte para mim e sentir que esta será a última vez que o vejo.
E um dia será, mas não hoje, não agora...
Não quero ser forte, nem parecer, quero saber qual é a lógica de aparecer uma luz na nossa vida e depois ela ser empurrada para fora de nós... como se não fosse doer, como se houvesse alguma possibilidade de que eu fosse mais alguma vez conseguir viver, verdadeiramente, sem ele.
Odeio tudo sem ele, a cor do céu não é igual e o tamanho do meu sorriso é visivelmente menor, os meus olhos não brilham e o tempo não passa. Sem ele, não há felicidade, não há céu nem claridade.
Queria que isto fosse um filme, que contasse a história do nosso amor e do quão bonito ele é.
Queria um final cliché: implorar-lhe-ia para ficar, diria algo extremamente bonito para o convencer que a minha vida não poderia continuar sem ele, enquanto que ele cederia lentamente e no final do meu discurso humilhante, onde tinha exposto o meu coração para o mundo e para o homem que amo, ele estaria a conter uma lágrima e diria que também não poderia viver sem mim, que tinha que ir, que deveria mas que não era capaz. E então, eu beijá-lo-ia, no meio da rua com pessoas a passar, umas encantadas outras desagradadas.
Mas nós não somos nem nunca seremos um filme, embora eu quisesse.
Somos reais e espontâneos, não decoramos um script e nem temos "x's" por baixo dos nossos pés a indicarmos-nos onde devemos estar.
E isso é bom, até que chegar um dia em que não vai ser porque se fossemos um filme, ele ficaria comigo.
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